sábado, 26 de abril de 2014
Lei que restringe bonés em bancos e lojas desperta a ira de adeptos que farão um "Bonézaço"
Símbolo de tribos urbanas e usado como adereço ou proteção contra o sol, o boné está no topo de uma polêmica no Rio
Tudo graças a uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa (Alerj) e sancionada pelo ex-governador Sérgio Cabral, em 18 de março, que impõe restrições ao uso do acessório, além de capacetes, gorros e outros tipos de cobertura que possam servir para esconder o rosto de quem entra em lugares como bancos, lojas e shopping centers. Enquanto defensores argumentam que a regra diminuirá a incidência de crimes, os adeptos do acessório alegam que, além de invadir sua privacidade, a medida incitará o preconceito. Eles já articulam um “bonezaço” para o próximo dia 18 de maio, prazo final estabelecido pela normativa para os estabelecimentos se adaptarem. Um dos pontos mais controversos é a transferência aos seguranças privados da prerrogativa de determinar quais usuários de tais acessórios são suspeitos ou não. Insatisfeitos, vigilantes ameaçam ir à Justiça.
A Lei 6.717/2014 proíbe “o ingresso ou a permanência de pessoas utilizando qualquer tipo de cobertura que oculte a face nos estabelecimentos comerciais, públicos ou abertos ao público”. Os locais terão de fixar placa informativas logo na entrada. O descumprimento resulta em multa de R$ 500 ao usuário do acessório. Autora do projeto que resultou na medida, a deputada estadual Lucinha (PSDB) afirmou que a proposta atende a pedidos de comerciantes.
Fonte: O Globo
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Modelo Sally Ferreira processa o rapper 50 Cent em 24 milhões
Depois de responder a um processo por violência doméstica depois de ter sido acusado de chutar a modelo Daphne Joy, a mãe de seu segundo filho, 50 Cent foi pego de surpresa com um processo nas costas por outra modelo! Sally Ferreira afirma que 50 Cent, de 38 anos, fez com que ela perdesse trabalho e ainda causou estresse emocional ao rotulá-la de “vadia sedenta por clipes” no Instagram. Sally está processando o rapper em R$24 milhões, alegando que ele rruinou sua carreira.
50 Cent fala sobre o caso de agressão
O criador do hit Candy Shop fez a declaração após fotos das filmagens do vídeo para a música Big Rich Town terem vazado na internet. As fotos foram tiradas durantes as filmagens em um trem no bairro Bronx, em Nova York, no dia 23 de março. As fotos também mostram 50 Cent bem próximo e íntimo com Ferreira, o que levou a especulações de que os dois eram um casal. O cantor acusou a modelo de vazar as fotos de propósito para se exibir de que estariam namorando. Ele inclusive disse, no dia 27 de março: “ATENÇÃO: Não tentem trabalhar com essa vadia sedenta por videoclipes [Seu nome é Sally Ferreira e ela é modelo...] ela mandou fotos das filmagens para Mediatakeout dizendo: Estou em um relacionamento com ela. Alguém sabe dizer REFILMAGEM (sic)”.
AMIGOS! 50 Cent defende Justin Bieber de polêmica
Na ação judicial, o advogado de Sally alega: “Antes da postagem difamatória, a Sra. Ferreira estava trabalhando em três projetos de entreteniment
o diferentes e desfrutava de boa reputação na indústria”.
“Como resultado direto da difamação e publicidade negativa em torno da Sra. Ferreira após a postagem, os três projetos foram suspendidos indefinidamente. Além disso, como resultado direto das ações do Sr. Jackson, a Sra. Ferreira foi sujeitada a comentários fortes e dolorosos sobre sua profissão, caráter e aparência, causando nela grande estresse emocional”.
O processo diz:
"Antes da postagem difamatória, a Sra. Ferreira estava trabalhando em três projetos de entretenimento diferentes e desfrutava de boa reputação na indústria. Como resultado direto da difamação e publicidade negativa em torno da Sra. Ferreira após a postagem, os três projetos foram suspendidos indefinidamente. Além disso, como resultado direto das ações do Sr. Jackson, a Sra. Ferreira foi sujeitada a comentários fortes e dolorosos sobre sua profissão, caráter e aparência, causando nela grande estresse emocional".
Confira mais cliques e fotos da bela:
terça-feira, 22 de abril de 2014
Oito habilidades que empreendedores podem aprender com Jay-Z
Quando perguntaram ao co-fundador do site Reddit, Alexis Ohanian, quais eram seus modelos de empreendedor, ele evitou apontar alguém do ramo de tecnologia. Em vez disso, ele destacou um empresário icônico que ele admirava: Jay-Z.
“Há pessoas que têm realizado muito mais coisas que eu, que coloca em perspectiva o quão pouco eu realmente tenho feito e quanto mais quero fazer”, disse Ohanian.
Com um patrimônio estimado de 475 milhões de dólares em 2013, o sucesso de Jay-Z tem sido alimentado por um domínio não só da indústria fonográfica, mas por uma miríade de negócios. Fazer mais, ser mais e ver mais são temas comuns que marcam a carreira multifacetada de Jay-Z como estrela do hip-hop, executivo de moda e magnata do entretenimento.
Jay-Z canta exatamente isso na música “Diamonds From Sierra Leone” de Kanye West: “I’m not a businessman, I’m a business, man!” (“Eu não sou um cara de negócios, eu sou um negócio, cara!”)
Aqui está o que cada empresário – de tecnologia ou não – pode aprender com Jay-Z:
1. Pense como um traficante
Antes de Shawn Carter tornar-se Jay-Z, ele estava vendendo drogas aos 12 anos em Marcy Project, uma área tensa no bairro Bedford-Stuyvesant, no Brooklyn.
Mesmo que seus dias de traficante tenham ficado para trás, as habilidades que Jay-Z aprendeu durante esse tempo se refletem nele como um homem de negócios. Zack O’Malley Greenburg, que escreveu o livro “Empire State of Mind: How Jay-Z Went from the Street Corner to the Corner Office”, disse à CBS:
“Uma das coisas que Jay-Z trouxe das ruas para a sala de reuniões foi a ideia de que ele não ia dar a ninguém descontos em nenhuma coisa. Se uma pedra de crack era vendido por US$ 10, você não conseguiria comprá-la por US$ 9,95 – mesmo se você fosse o seu melhor amigo. Esse comportamento é algo que ficou nele ao longo de sua carreira. Ele não aceitaria de ninguém menos do que ele achava que valia”.
“Sua experiência o preparou de outra maneira, também: Quando você está acostumado a operar sob a intensa pressão das ruas, onde nada pode dar errado e sua vida está em jogo, entrar em uma sala de reuniões com um bando de caras de terno é muito menos intimidador”.
Jay-Z escreve em seu livro “Decoded”: “Quando me comprometi com uma carreira no rap, eu não estava tomando um voto de pobreza. Eu vi isso como outra atividade, que aconteceu de coincidir com os meus talentos naturais e com a cultura que eu amava. Eu era um traficante ansioso e um artista relutante. Mas a ironia da situação é que, para ser um bom traficante, realmente bom, em longo prazo, você tem que ser um verdadeiro artista também”.
2. Crie suas próprias oportunidades
Para Jay-Z, o sucesso não foi apenas saber aproveitar as oportunidades que já existem. Foi também saber criá-las. Quando começou a fazer rap, não havia gravadoras dispostas a contratá-lo, de modo que ele se associou com os amigos Damon Dash e Kareem Burke para criar sua própria gravadora, a Roc-A-Fella Records. Seu primeiro álbum independente, Reasonable Doubt, é considerado “um dos discos fundamentais do hip-hop”.
Poucos anos depois, ele cavou outra oportunidade para si mesmo na moda. Embora fosse um grande fã de empresa de vestuário italiana Iceberg Apparel, a marca não estava interessada em uma parceria. Jay-Z e Dash começaram sua própria marca, a Rocawear, que foi vendida por 204 milhões de dólares para o Iconix Brand Group.
3. Ignore as tendências
Todo empreendedor tem de saber por que está lançando um produto ou serviço específico. O que o torna diferente em comparação com a concorrência?
Jay-Z escreve em seu livro “Decoded”: “É sempre mais importante para mim para descobrir o ‘meu espaço’ ao invés de tentar descobrir o que todo mundo está fazendo, minuto a minuto A tecnologia está tornando mais fácil se conectar a outras pessoas, mas talvez mais difícil de se manter conectado a si mesmo – e isso é essencial para qualquer artista, eu acho”.
Bono, vocalista do U2, fala sobre a peculiarmarca de Jay-Z como empresário:
“Na música, nós amamos a idéia do artista ferrado e atacado. Aquele sangramento no sótão que cortou sua própria orelha. Jay-Z é um novo tipo de artista do século 21, onde o show não é apenas as 12 notas, as batidas e um dicionário de rimas que ele tem na cabeça. É comércio, é a política, o tecido do real e a vida imaginada”.
4. Saiba que seu negócio é sua marca
Apesar de estar envolvida em tudo, de endosso a conhaque à produção de musicais da Broadway, Jay-Z entende como um empreendimento é algo pessoal. Em entrevista à revista Men`s Health, Jay-Z disse: “Minhas marcas são uma extensão de mim, elas estão perto de mim. Não é como ser diretor da GM, onde não há apego emocional … Meu negócio está relacionado com quem eu sou. As roupas são uma extensão de mim. A música é uma extensão de mim. Todos os meus negócios são parte da cultura, por isso tenho de me manter fiel a tudo o que eu estou sentindo no momento, em qualquer caminho que sigo. E torço para que todo mundo me siga”.
O papel de um executivo-chefe hoje tem mais peso do que jamais teve, por isso é importante que os empresários realmente acreditem em seus produtos e serviços.
5. Saiba para onde o dinheiro está indo
“Jay-Z tem repetidamente provado a sua capacidade não apenas de saber onde está o dinheiro, mas para antecipar aonde ele vai – ou não – estar”, escreve Greenburg na Forbes.
A combinação de indução, instinto e o timing permitiu que Jay-Z construisse um poderoso, e em constante evolução, império que define tendências, em vez de segui-las.
Como um empreendedor, você deve saber o que é tendência em seu setor, mas você também precisa ser capaz de prever quando algo vai explodir.
Quando o preço dos ingressos para shows começaram a subir, Jay-Z assinou um contrato de 10 anos com a promotora de shows Live Nation por cerca de US$ 150 milhões.
6. Procure mentores
Qualquer grande empresário sabe que você não pode fazer nada sozinho. Greenburg autor do livro sobre Jay-Z contou à CBS:
“[Jay-Z] tende a escolher mentores, aprender tudo o que pode com eles e, em seguida, descartá-los e passar para um novo mentor. Desde cedo em sua carreira, você vê isso com Jaz-O e Damon Dash. Ele descartou mentores como estes e continuou se movendo para o ponto onde seus mentores são agora pessoas como Warren Buffett e Oprah”.
Empresários tendem a ser decididos e independentes, mas não importa como você é, você sempre pode ganhar mais conhecimento.
7. Diversifique seu portfólio
Os empreendimentos de Jay-Z abrangem um conjunto diversificado de interesses e setores, incluindo uma gravadora, linha de roupas, uma participação no time de basquete Brooklyn Nets (que ele já teria vendido), uma discoteca, uma vodka high-end, uma parceria com a Barneys New York e uma nova agência de esportes lançada em 2013.
Diversificar sua carteira é um dos mandamentos de negócios de Jay-Z, de acordo com Greenburg, que descreve essa estratégia como uma oportunidade para “fazer mais dinheiro em todos os momentos”.
Em mercados voláteis, todos os empresários devem pensar em várias maneiras de ganhar com seu negócio e sua marca. A pior coisa que você pode fazer é colocar todos os seus ovos em uma cesta e correr o risco de ter essa cesta destruída.
8. Se não for entrar com tudo, nem entre (go big or go home)
Já se passaram quase 18 anos desde que Jay-Z lançou seu primeiro álbum com sua gravadora Roc-A-Fella. Sua perenidade foi resultado direto de movimentos de negócios inteligentes e uma busca incessante do que estar por vir.
Este legado também se deve à recusa de Jay-Z em renunciar ao seu sonho ao longo do caminho para o sucesso, não importa o que isso exigiu dele.
“Eu fui forçado a ser um artista e um CEO desde o início”, disse ele. “Quando eu estava tentando conseguir um contrato de gravação, era tão difícil conseguir por conta própria, que minha opção era desistir ou criar minha própria empresa”.
Clique aqui e leia o texto original
Por Li Zhou
Tradução Pedro Valadares
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Assista ao trailer do filme biográfico do rei do Soul James Brown - "Get on up"
Assista ao trailer de "JAMES BROWN", filme que mostrará o nascimento de uma lenda; O rei do soul.
Sua vida será contada desde a infância pobre até se tornar um dos artistas mais famosos e influentes do rhythm & blues e autor de sucessos como "Sex Machine", "Papa's got a brand new bag" e "I feel good"
terça-feira, 15 de abril de 2014
Entrevista: Slim Rimografia fala sobre ser um rapper negro dentro do Big Brother Brasil
A grande maioria do Brasil hoje o conhece por Válter, mas isso não significa muito pros fãs do Hip Hop Brasileiro que há mais de 10 anos o conhecem por Slim.
Tudo bem que o nome de batismo veio antes da alcunha de rua, mas é por esta que ele será lembrado quando falarmos daquele poeta que queria salvar o mundo.
Entretanto, sua mãe também deve o chamar de Válter e quando ela é responsável pelo fato que originou essa entrevista, o nome precisa ser respeitado. “Quando eu falei com a minha mãe, ela também ficou muito feliz mesmo, de uma forma que eu nunca vi. Eu me senti de um jeito que eu não poderia dizer ‘não’”, contou-nos sobre sua escolha de aceitar o convite do programa.
E se você acha que, por não ter saído com a grana, ele se arrependeu da decisão, se enganou. “Eu acredito que já tinha esse pensamento de entrar alguém do RAP, que tenha alguma ligação com a cultura Hip Hop porque dependendo da conduta do cara lá dentro isso daí poderia ser muito negativo pra gente. E eu vejo que saiu como algo muito positivo”, afirmou.
“A gente não consegue se ver na maioria da programação e isso é meio deprimente. Isso é algo que nos faz ir contra a televisão”, comentou sobre a crítica antiga da cultura de rua com a grande mídia televisiva. “Se eu tiver a oportunidade de ir em qualquer programa pra mostrar aquilo que eu realmente sou, eu vou. Porque eu já cansei de me ver na TV só quando ela tá desligada e só o meu reflexo lá”, completaria mais adiante.
Slim falou bastante da importância do debate que geraria em torno de sua participação e de colocar negros na TV, no horário nobre, representando, mesmo que fosse apenas com sua presença, a periferia; um discurso bastante semelhante ao do Xis sobre sua participação na Casa dos Artistas.
Além do preconceito em relação à grade da programação, o rapper também comentou o preconceito dentro dos programas e do público que vota: “Eu acho que nesses realities uma das coisas que contam muito é a beleza. Infelizmente, aqui no Brasil, a beleza pra eles não têm o tom de pele que a gente tem.”
Mas, como ele mesmo ressaltou na entrevista, nem tudo na sua vida é Big Brother e a sua carreira vai continuar a milhão com a volta dos shows, novos clipes do CD “Aumenta o volume”, lançado em 2013, quase chegando e, acima de tudo, um desejo muito grande de ajudar os rappers e a comunidade ao seu redor.
“Algo também que eu penso era poder contribuir, mas eu sei que eu ainda posso contribuir com alguns projetos sociais aqui onde eu moro. Queria que tivesse alguma coisa bacana aqui pra desenvolver musicalmente, artisticamente. Acho que isso falta pra caralho!”, concluiu sobre o que faria com o prêmio.
Antes de mais nada, acho que todo mundo quer saber como é que rolou essa ideia de se inscrever no Big Brother. Que que te motivou? E como você recebeu a aprovação e a confirmação da sua participação?
Na real, eu não me inscrevi. Tinha um olheiro que conhecia uma pessoa que acabou indicando o meu perfil. Ele acabou gostando, entrou em contato comigo, me ligou, e eu falei: “me liga amanhã que eu vou pensar nisso”, quando ele me ligou querendo saber se eu participaria de um reality show, tipo Big Brother. Aí eu falei com o meu brother, o Thiago Beats, ele apoiou, falou “meu, eu acho que você, ali dentro, seria você e isso não impediria em nada”.
Quando eu falei com a minha mãe, ela também ficou muito feliz mesmo, de uma forma que eu nunca vi. Eu me senti de um jeito que eu não poderia dizer “não”. Uma oportunidade, algo que a minha mãe queria muito. E eu sei que eu levei vários anos da minha vida fazendo tudo aquilo que eu quero, toda a minha ideologia da minha cultura, do que eu penso sobre música, e no momento ali eu pensei em buscar alguma coisa que… por mais que eu soubesse que ali não é o meu perfil, que não é o meu lugar, mas uma chance também de ajudar minha família.
Então, eu fui sem medo de ser feliz. Pensei na minha família, na minha mãe, no meu pai, na situação difícil que a gente tem; da minha filha também e como é difícil viver de arte. Meti o louco, falei “vamo que vamo” e fui fazer os exames. Foi tudo muito rápido. Eu fiz uma entrevista, o pessoal gostou, mandou pra galera do Rio. A galera do Rio me ligou, eu fiz outras paradas. Quando eu vi, assim, dezembro, tipo em janeiro a galera me ligou e falou que passou e me levou embora. Não deu tempo de avisar ninguém, não deu tempo de preparar nada. Quando eu vi, eu já tava lá dentro.
Po, que loco. Acho que a gente aqui fora sentiu um pouco disso. Acordou com a notícia que um tal de Valter ia participar e a sua foto lá. Rolaram vários comentários, que acho que você esperava já, por ser um reality; por ser a Globo. Qual sua opinião sobre a relação do público do RAP com a TV e mudou algo pra você em relação a isso depois do programa?
Cara, a minha relação é a mesma que eu tenho como MC, entendeu. “Só consigo me ver na TV quando eu desligo ela” [citando a música "Canto da vitória"]. Então, eu acho que a relação da galera é isso também; a gente não consegue se ver na maioria da programação e isso é meio deprimente. Isso é algo que nos faz ir contra a televisão.
Mas, do mesmo modo, acho que os pais, avós, tios, da maioria da galera que faz RAP, eles veem muita televisão. E acreditam muito na televisão também. De certo modo, a televisão faz parte da vida de todo mundo, de todas as pessoas que fazem RAP. Meus pais veem televisão, assistem a Globo o dia inteiro e é muito difícil mudar a consciência deles sobre o que a televisão pode fazer e oferecer um livro. É uma realidade muito diferente então a gente tem que tentar entender o porquê disso tudo. Às vezes, ao invés de a gente ficar batendo de frente com eles, às vezes a gente tem que ir lá, sentar do lado ali e acompanhar com eles; curtir a vibração deles. Eu já fiz isso em outros momentos da minha vida, porque era o único momento que eu tinha pra dividir com meus pais. Então, às vezes eu sentava ali com eles, sentava pra ver a novela, dava risada. Perguntava o que tava acontecendo, tentava passar um pouco do “porra, cadê os pretos? Por que o pretinho ali tá assim? Por que o bandido ali tem um dread?”. Mas é algo muito difícil, é um trabalho que é melhor a gente fazer assim com amor.
A minha relação com a TV continua a mesma. Eu não sou muito de assistir TV; quando eu entrei lá no programa eu falei que eu nunca tinha assistido o Big Brother, que eu via nada, que eu até criticava ver as pessoas chorando com aquele drama todo ali de paredão, de não sei o quê. Mas, lá dentro cê percebe diferente: são pessoas. Acho que a maioria buscando a fama e o glamour; eu tava lá buscando uma chande de mudar a vida das pessoas que amo. Eu não me interesso muito pela fama. O que me interessou mesmo foi entrar pra tentar mudar; que de certo modo as pessoas que vêm de onde eu venho pudessem se ver ali também. Acho que isso eu consegui. Você invadir o horário nobre com um boné “Favela”, que você é um cara que faz RAP, que é pai de família, que tem uma filha, que cuida, que respeita, que não é deslumbrado com toda essa magia da televisão; eu acho que isso é um choque.
Minha relação com a TV continua a mesma. Se eu tiver a oportunidade de ir em qualquer programa pra mostrar aquilo que eu realmente sou, eu vou. Porque eu já cansei de me ver na TV só quando ela tá desligada e só o meu reflexo lá. A gente tem que tá lá dentro refletindo e fazendo as pessoas… [áudio foi cortado na última palavra, mas dá pra compreender o que ele quis dizer].
Sem dúvida. Também não acompanho o programa, mas você deve ter sido um dos negros a chegar mais longe. Além disso, levou boné escrito “Favela”, lidou com uma injúria racista naquele caso do “e branco não tem cheiro?“, enfim, esses foram pontos positivos [poder debater isso em rede nacional]. Cê enxerga outros? E pontos negativos? Como você analisa sua participação?
Tem vários pontos. Eu acho que o ponto do preconceito meio que inconsciente de algumas pessoas é muito cabuloso. Eu tenho um jeito meio diferente, eu não chego brigando por isso. Eu prefiro chegar e trocar uma ideia na moral, fazer a pessoa entender sem fazer um alarde. Lá dentro teve várias paradas assim. Eu conversei com várias pessoas inclusive de uma música que uma mina cantou lá, que a letra era ridícula e falava “nega do sovaco cabeludo, não to pegando nem cachorro então vou ficar com você”, não sei de quem é essa música [acho que é uma referência à música do Pranchana Jack, que não lincarei porque é simplesmente ridícula; e agora que eu falei isso eu sei que vocês vão procurar no Google]. Cheguei pra ela depois e conversei com ela [Amanda] que a letra era muito racista; se ela tinha parado pra raciocinar isso. Não era um pensamento dela, ela tava só reproduzindo algo que ela escutava por aí. Ela escutou, parou e refletiu, “porra, realmente”, não sei o quê.
Acho que as pessoas, às vezes, elas não conseguem, já falei isso várias vezes, uma coisa é você tá de fora e outra coisa é você sentir na pele. Acho que isso existe. Rolou muito preconceito assim, racismo de algumas pessoas, de algumas torcidas em relação à minha pessoa. Já é um choque entrar lá dentro com um boné escrito “Favela”, ter orgulho de ser favela, representar a favela, ser rapper, ter a pele escura, saber que o racismo existe, ter a consciência livre de que o tratamento é completamente diferente. Isso já é uma parada muito foda.
Essa parada que rolou com a Fran, quando ela falou, eu já rebati ali na hora; rolou várias conversas assim e em todas elas eu conversei com as pessoas, não trouxe isso pro lado agressivo. Não foi uma parada de ofensa e mesmo se fosse, eu acho que a gente não precisa chegar no soco, gritando. A gente tem que tentar manter firme nossos ideais e mostrar que a gente tem plena consciência daquilo; quando a gente tem plena consciência daquilo, a gente pode rebater de uma forma positiva. Eles ficam só esperando uma brecha, qualquer brecha, pra gente perder o controle e perder a razão. Então, se manter firme e tranquilo é a forma que a gente tem de lutar pra que isso não acabe se revertendo e eles acabem achando uma brecha pra depois tirar nossa razão. Eu acho isso um ponto muito positivo. Gerou várias discussões porque as pessoas não entendiam porque eu sai com tal porcentagem. Ainda rola várias discussões de por que que eu não participei de ensaios deles lá dentro, que é o Paparazzo. Isso é muito bom.
Na verdade, alguns negros já ganharam o reality: o Jean e uma outra empregada doméstica e uma outra negra. Mas acho que só o Jean tinha uma consciência real, era politizado, mas além da pele, ele teve a parada que gerou uma polêmica que foi o lance de ele ter se assumido gay lá dentro e isso deu muita força e a discussão acabou indo mais pra esse lado do que pro tom da pele dele. Mas eu acho que pelo que aconteceu com os dois últimos negros que estavam lá: uma saiu na primeira semana com um índice de rejeição absurdo e ela não fez nada demais; ela foi, como eles dizem, meio barraqueira, mas eu já viu outros barraqueiros que vão até o final, vão até bem longe no jogo e às vezes você se questiona: será que foi só o barraco ou será que foi porque o barraco foi feito por ela? E o outro cara que foi acusado de ter estuprado. São situações muito foda. Rolam situações parecidas, mas o julgamento parece que é outro.
Eu acho que nesses realities uma das coisas que contam muito é a beleza. Infelizmente, aqui no Brasil, a beleza pra eles não têm o tom de pele que a gente tem. Isso é nítido em todas as propagandas, em todas as campanhas. Na maioria das vezes, a gente só vê o negro ali linha de frente porque ele é um cara da música, por isso ele consegue essa abertura, esse espaço.
Eu não consigo ver muitos pontos negativos. Acho que gerar discussão dentro do Hip Hop também é algo positivo, mesmo as pessoas não me apoiando. Porque tudo que eles querem na real é que a gente se separe pra que a gente fique fraco. E eu acredito que já tinha esse pensamento de entrar alguém do RAP, que tenha alguma ligação com a cultura Hip Hop porque dependendo da conduta do cara lá dentro isso daí poderia ser muito negativo pra gente. E eu vejo que saiu como algo muito positivo. Outras pessoas que não conheciam o RAP, que não tinham contato com as pessoas da periferia mesmo acabaram tendo esse contato e acabaram mudando a visão deles. Pode não ser unânime, mas muita gente que tem me abordado são as pessoas que são o nosso povo. E eu acho que o apoio do nosso povo é fundamental.
Tem ocorrido um milhão de coisas. Recentemente, rolou esse boato que a Cone falou mal do Criolo; são umas coisas que tentam desestruturar a gente. E uma parada que é real: eles jamais darão força suficiente pra gente se eles não podem nos controlar; se eles não tem como dominar o nosso discurso, eles não vão dar espaço o suficiente pra que a gente chegue lá e mostre.
O próprio discurso do Bial foi um ponto positivo. Agradecendo pela presença, pela paciência, recitando versos da minha música, “Canto da vitória”, que exalta a nossa consciência de ser negro. E uma música que fala de televisão. “Só consigo me ver na TV quando eu desligo ela”. E ele recitar isso e eu poder ter um espaço ali pra falar um verso do Sérgio Vaz, declarar uma poesia no final de um Big Brother, colar no Faustão e ir lá e recitar alguns versos também. Isso é uma parada que se a gente olhar bem, a gente tem uma vitória muito grande. Querendo ou não, isso é uma conquista.
O ponto negativo que eu acho é este: fica cada vez mais claro, não dizendo do programa, mas dizendo num geral, que o negro sempre vai tá mais às margens, principalmente, dessa grande mídia, do espaço maior que a gente tem. Já dizia isso em uma letra, na “M.I.S.S.Ã.O.”, “a gente tem que ser duas vezes foda pra conseguir passar um cara que não é nem metade daquilo que a gente é, daquilo que a gente consegue fazer”. Porque as pessoas tão muito ligadas no fútil, na imagem, em uma pseudo-beleza, e a gente acaba passando desapercebido muitas vezes porque a gente não tá dentro desse padrão que eles desejam. Mas, a gente sabe muito bem quem somos e porque lutamos.
Sem dúvida, nosso Hip Hop tá carente de debate e reflexão. Mas, meu, cê falou da ajuda a seus pais, sua filha, da importância de se ver na TV e de levantar o debate. Mas e o que sobrou efetivamente pro Slim: como você acha que esse aumento de exposição e popularidade afetarão tua carreira? Existe uma preocupação de carregar o “ex-BBB” como prefixo e todo preconceito que isso pode trazer?
Eu acho que essa exposição aumenta bastante, mas uma coisa é importante: eu acho que as pessoas começam a prestar atenção naquilo que eu to falando. E uma das coisas que a gente precisa na real é que as pessoas prestem atenção no que a gente tá falando e tá fazendo. E quando isso acontece é porque realmente alguma coisa vai mudar. E algumas pessoas realmente vão ouvir, vão sentir e realmente vão carregar isso como exemplo. Isso aumentou, levou pra um outro nível, levou pra outras pessoas que não conheciam meu trabalho, de repente que nem conheciam o RAP que podem tá se aproximando, amando, conhecendo essa cultura. Da mesma forma, pode não tá entendendo nada, pode não gostar e simplesmente ter gostado do Válter. Mas, eu acho que isso é algo normal.
Eu não acredito que eu vou carregar esse estigma porque eu já tenho a minha carreira sólida. Claro que alguns veículos que não conheciam minha carreira, eles vão colocar lá como “ex-Big Brother”, principalmente inicial, mas eu acho que toda essa parada vai desaparecer com o tempo. Porque eu sou eternamente músico, eternamente RAP, eternamente um cara que se dedicou à cultura Hip Hop. Acho que antes do meu nome mesmo vai tá ali como MC e não como “ex-blablabla”; eu não acredito que eu vá carregar isso por muito tempo. Mas, agora de início, isso é um gancho. Mas, a luta continua e o trabalho vai provar o contrário, vai provar que existem muitas outras coisas pra serem mostradas, pra serem faladas.
Pegando um gancho na sua resposta e encaminhando pro final da entrevista: o que falta ser dito/feito? Você já tem uma carreira musical sólida, muita coisa feita; quais são os próximos passos (sabemos que tem clipe novo também)? Aliás, já deu pra voltar a fazer música ou ainda tá na inércia do dia a dia do programa?
O que tem de sólido é retomar todos os trabalhos, aproveitar tudo isso que aconteceu e reverter pra que o trabalho possa alcançar mais pessoas. A ideia é retomar tudo. Já tem umas músicas novas. Tem muita coisa do disco que eu ainda pretendo fazer. Algumas músicas da última mixtape que eu quero fazer o clipe; eu to retomando isso também. Tem um clipe que já tá em fase de edição [da música "Só por hoje"]. Aproveitar a parada da Mokado [Records, o selo independente do Slim]. Botar a parada pra rolar. Fazer essa parada acontecer de verdade mesmo; fazer as camisetas, refazer todos os CDs.
O projeto agora é isso: show, mês que vem começam os shows; videoclipe pra sair, outro videoclipe pra gravar também; tamo a milhão botando pra ferver mesmo e se manter firme e forte naquilo que a gente acredita. Acho que é o passo fundamental agora. Ainda não consegui parar mesmo e gravar as coisas, mas eu tava escutando as batidas que eu já tinha feito antes; retomando devagarinho, mas semana que vem já to de volta. firme e forte.
Bom, mano, acho que só tenho mais uma curiosidade e de resto é isso mesmo. Queria te agradecer pela possibilidade de fazer essas perguntas e depois queria também te deixar com a palavra pra mencionar teus contatos oficiais e qualquer mensagem que queiras deixar pro público que talvez eu não tenha te perguntado, você que manda. Mas antes, sobre a curiosidade: fora ajudar sua família e amigos, o que cê faria se tivesse ganhado? Algum sonho maluco que poderia ser realizado com a grana?
Eu não tinha nenhum sonho maluco, pelo menos nenhum sonho consumista. Mas, uma parada que eu faria mesmo era investir boa parte dessa grana na Mokado, pra fazer a Mokado virar um selo e poder fortalecer com outros artistas. Eu acho que isso seria muito importante. Poder trabalhar, poder ter uma estrutura, poder oferecer uma estrutura entendendo muito bem o mercado e as necessidades de cada artista de RAP.
Algo também que eu penso era poder contribuir, mas eu sei que eu ainda posso contribuir com alguns projetos sociais aqui onde eu moro. Queria que tivesse alguma coisa bacana aqui pra desenvolver musicalmente, artisticamente. Acho que isso falta pra caralho! Acho que isso seria uma parada que eu investiria.
Pra fechar mesmo, eu queria agradecer todo mundo que torceu, que votou, que chorou, que sorriu, que acreditou e que queria muito que eu levasse esse prêmio. Eu acho que isso é uma parada muito importante, eu não tive tempo de agradecer todo mundo, mas queria muito agradecer as pessoas ligadas à cultura Hip Hop, artistas que me apoiaram. Pessoas comuns que me apoiaram, pessoas que me abordam na rua e pra todo mundo mesmo, no geral.
E pra quem quiser buscar mais do trampo mesmo e conhecer mais, entrar no site (slimrimografia.com) e lá tem todas as redes pra seguir, trocar uma ideia, pra ver o que tá acontecendo. É só mandar a bronca lá mesmo. E vamo que vamo; Hip hop vive. Foco e disciplina!
Fonte: Vai ser Rimando, entrevista feita por Guilherme Junkes
Kanye West quer estúdio de gravação na favela do Vidigal no Rio de Janeiro
Kanye West quer adotar estúdio de gravação em favela carioca
Ora, ora, o que o rapper Kanye West, capa da ‘Vogue’ americana neste mês com sua notória reality-star Kim Kardashian, veio fazer no Brasil no Carnaval? Pouco mais de um mês depois está desfeito o mistério: Kanye quer adotar um estúdio de gravação solidário na favela do Vidigal, no Rio.
A iniciativa é do artista plástico Vik Muniz, que, na encolha, está preparando um dos melhores projetos em comunidades de que já se teve notícia. Será uma escola de tecnologia e criatividade para crianças e adolescentes locais, com professores das grandes universidades americanas como Harvard e Yale lecionando em cursos, oficinas profissionalizantes, aulas de inglês e informática com foco na criação de aplicativos, enfim tudo o que é necessário para uma criança vencer neste mundo novo e que nem as escolas fora das comunidades ainda aprenderam...
A casa de Vik ficará pronta nos próximos meses e terá uma residência em anexo para hospedar os professores que virão voluntariamente do exterior ministrar seus cursos para as crianças do Vidigal – boa ideia.
Fonte: Epoca
terça-feira, 8 de abril de 2014
Cone Crew Diretoria desmente crítica a Criolo apontada pelo Estadão e ameaça processo
Neste domingo (6), a Cone Crew Diretoria foi o centro de mais uma polêmica. Depois do grupo se apresentar no Lollapalooza Brasil 2014, o Estadão publicou que eles teriam chamado Criolo de “mera enganação”.
A notícia se espalhou muito rapidamente pelas redes sociais. Entretanto, existe um pequeno detalhe: em nenhum momento houve a comprovação do fato e as críticas destinadas à Cone foram feitas por mero preconceito contra os próprios e/ou crença na qualidade jornalística do veículo já mencionado.
Mais tarde, os perfis oficiais do grupo na Internet viriam a desmentir as afirmações e o próprio Criolo/sua equipe publicaria no Facebook uma foto sua ao lado do Maomé, integrante da Cone Crew, com a seguinte legenda: “Quando se inventa polêmica em torno de um movimento significa que esse grupo de pessoas tem força e está crescendo. Desejamos a Cone Crew Diretoria muita luz na caminhada e que continuemos crescendo juntos, como sempre foi. A grande mídia pode incentivar o contrário, mas continuaremos pregando a paz, através do nosso som.”
É verdade que ainda não há uma resposta isenta sobre o caso, mas é bastante curioso que o Estadão tenha sido o único a publicar as palavras em questão entre tantos sites que escreveram sobre o show.
Aliás, embora tenha mencionado corretamente a homenagem ao Chorão e a afirmação ”Quem estupra merece morrer”, a matéria falou nada sobre as críticas ao governador de São Paulo, citadas pelos outros veículos de comunicação que também fizeram a cobertura.
E, pra completar o jornalismo bastante questionável, João Paulo Carvalho, autor da matéria do Estadão, ainda acrescentou um sétimo integrante à Cone Crew Diretoria: o MPC, uma provável confusão com o instrumento utilizado pelo Papatinho para reproduzir as batidas ao vivo.
Vale lembrar que foi também um jornalista do Estadão, no caso Julio Maria, quem acusou o Criolo de “atropelar” o show do Stevie Wonder; a equipe do rapper se defendeu dizendo que em nenhum momento foi avisada e disse ter entrado em contato com a assessoria do evento que informou-os que foi o cantor estadunidense quem iniciou o show de forma antecipada.
A Cone Crew afirmou que deverá recorrer a meios legais para reparar “essa informação falsa e seus devidos danos a imagem da banda perante os seus fãs”.
Fonte: Vaiserrimando
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Publicação by 50 Cent.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Lançamento - Snoop Dogg & Daz Dillinger - "Cunzznz" em homenagem a #Junebug Tio de Snoop
Snoop Dogg e Daz Dillinger lançam a música "#Cuzznz", em homenagem ao tio de Snoop, #Junebug, falecido recentemente.
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