Na segunda parte da conversa com o AllHipHop.com o encarcerado chefe da droga, Demetrius “Big Meech” Flenory vai fundo na história da rua. Flenory, que está cumprindo uma sentença de 25 anos na Geórgia, revela as origens da BMF, uma quadrilha de traficantes acusada de vender toneladas de cocaína e de lavagem de mais de 270 milhões de dólares.
Meech explica uma série de incidentes, incluindo o assassinato de um amigo de infância/guarda-costas de Sean “Diddy” Combs, Anthony “Wolf” Jones. Wolf era tão ligado a Diddy que ele era um co-réu no julgamento do mesmo, pelo tiroteio em um clube em 1999, envolvendo J. Lo e Shyne. De acordo com Big Meech, ele não estava envolvido nesse assassinato, nem nas acusações de venda de drogas das quais ele é considerado culpado.
AllHipHop.com: Além das enormes quantidades de cocaína que dizem que vocês traficavam, a quantia de dinheiro também era inimaginavel. Como ele era transportado por todos os clubes, sem qualquer tipo de violência? Eu vi seus manos gastarem pelo menos 100.000 dólares em uma noite em Atlanta.
Big Meech: O que estou dizendo é que todo mundo estava feliz. todo mundo estava fazendo dinheiro. Eu estive num lugar como Atlanta por um longo tempo. Morei lá desde a década de 1990, alias desde 1988. Eu não tinha problemas que outras pessoas tinham,eu passei por um monte de coisas. Quase 90 por cento das cidades onde estive, eu não tinha nada alem de amor. Assim, isso(dinheiro) nunca foi nenhum problema. E nós não fazemos nenhum roubo, apenas nunca tivemos problemas. Quando você tem uma equipe que está com fome, eles podem se voltar contra você.
AllHipHop.com: Você tem uma visão sobre negócios e sobre si mesmo que é muito diferente. De onde a sua mentalidade vem?
Big Meech: Isso é o que eu estava fazendo antes de deixar as ruas, eu era presidente da BMF, da gravadora.
AllHipHop.com: Eu sei disso, mas eu estou dizendo que você acabou no topo, você estava em um papel de liderança, muitas pessoas seguindo você.
Big Meech: Isso sempre foi um sonho meu, eu sempre tive uma paixão crescente pela música . Ser capaz de reunir todos esses irmãos juntos e fazer algo positivo com eles, e não sermos conhecidos como uma quadrilha de traficantes ou membros de gangues. É por isso que eu considero todos como uma família. Nós nunca fomos uma gangue. Todos os meus amigos estavam envolvidos [no negócio da música], como Puff, Jermaine Dupri, Jeezy, Slim Thug, Nelly. Essas pessoas estavam envolvidas na música e isso me fez querer ter mais mãos nisso. Eu vi que um monte de artistas estavam ficando quebrados na epoca e ainda hoje estão assim e isso é algo que eu ia mudar, eu meti o meu pé na porta. Mas o governo me viu com o pé na porta e eles acabaram por me dar essas acusações forjadas.
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