sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Hip Hop encontra o funk carioca em Vigário Geral.



De 17 a 22 de fevereiro, o DJ carioca Sany Pitbull e mais cinco MC´s da cena hip hop se encontram no Red Bull Favela Beats, estúdio de batidas eletrônicas localizado no Centro Cultural Waly Salomão em Vigário Geral. O motivo do encontro é a gravação de uma mix tape com faixas inéditas.

A mix tape será distribuída durante o Red Bull Funk-se Tour, turnê musical que promoverá o encontro entre o funk carioca e o hip hop, prevista para começar na segunda quinzena de abril. Ao longo da turnê, os artistas subirão no palco para cantar a sua música ao vivo.

A mix tape será distribuída durante o Red Bull Funk-se Tour, turnê musical que promoverá o encontro entre o funk carioca e o hip hop, prevista para começar na segunda quinzena de abril. Ao longo da turnê, os artistas subirão no palco para cantar a sua música ao vivo.

Além disso, as gravações fazem parte de um projeto inédito. Trata-se do aplicativo ifunk, um MPC digital que terá conteúdo exclusivo gerado a partir deste encontro. O aplicativo permite que os usuários possam editar e criar as suas próprias músicas e batidas, tendo sempre um fundo musical como base. O lançamento da nova ferramenta será durante a turnê do Red Bull Funk-se Tour.

O “MPC” (Music Production Center) é um equipamento muito utilizado na produção musical ao vivo, combinando-se “samples” e batidas eletrônicas em tempo real. “O MPC está inserido no funk há mais de 20 anos, desde os festivais de galeras dos anos 80. Quando começamos com as montagens, éramos chamados de loucos. Graças ao nosso funk, hoje, esta é uma técnica bem conhecida internacionalmente e muito utilizada em diversos estilos musicais”, conta o DJ Sany Pitbull

Desenvolvida pela Tangível, o aplicativo ifunk pode ser usado por 99% dos smartphones, tablets e computadores. Multi-plataforma, a ferramenta será conectada ao facebook e ao twitter, proporcionando maior capacidade e compartilhamento aos usuários.
Artistas que participam do projeto:

DJ Sany Pitbull: na cena funk desde 1986, Sany é reconhecido como o mestre da arte do MPC Live ou “montagens” ao vivo. Restritos à produção musical em estúdios antes da popularização do funk, os sintetizadores MPC (music production center) ganharam os bailes do Rio de Janeiro pelas mãos de DJs como o “Maestro Pitbull”, tornando-se verdadeiros instrumentos para performances musicais ao vivo. Sany Pitbull é o curador do Red Bull Funk-se Tour.

Emicida: rapper, repórter e produtormusical brasileiro. É considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil nos últimos anos. O nome “Emicida” é uma fusão das palavras “MC” e “homicida”. Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um “assassino”, e que “matava” os adversários através das rimas. Mais tarde, o rappercriou também uma conotação de sigla para o nome: E.M.I.C.I.D.A (Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte). Participou do Coachella 2011, um dos festivais de música mais badalados dos Estados Unidos e do mundo.


Renegado: Flávio de Abreu, conhecido como Renegado, é belo horizontino. Cresceu na comunidade do Alto Vera Cruz e já aos 13 anos iniciou sua atuação na área musical e nos movimentos sociais do bairro. Depois de passar por alguns grupos de rap da cidade, juntou-se a outros músicos em 1997 para fundar o NUC (Negros da Unidade Consciente). Em 1998 o grupo conseguiu repercussão ao participar da coletânea “Funk Minas”, que resultou em vários shows e execuções em rádios. Em 2000, Renegado desenvolveu, juntamente com o NUC, o projeto social “Manifesto Primeiro Passo” que inovou ao produzir um CD coletivo unindo o NUC, o grupo Meninas de Sinhá e o grupo de capoeira Capoeirarte Brasil. Lançou em 2008 o seu primeiro disco solo, intitulado “Do Oiapoque a Nova York” (2008). No mesmo ano ganhou o Prêmio Hutúz de artista revelação.
Marechal: carioca, sua trajetória no Rap vem carregada de batalhas nos palcos, improviso e determinação. Hoje, com milhares de fãs, é referência para muitos artistas da cena alternativa. Para Marechal, o rap tem que passar uma mensagem que mude a vida. E a dele é fonte de inspiração para suas músicas. “Nunca coloquei o lance de influenciar alguém como um objetivo. Sempre quis fazer algo que despertasse algo nas pessoas, assim como os Racionais MC´s me despertaram. Eles e o Gabriel, O Pensador foram as minhas primeiras influências”.

André Ramiro: nascido no Rio de Janeiro, ele ficou conhecido do grande público depois de dar vida ao policial Matias, na aclamada sequência Tropa de Elite (2007 e 2010). André é também cantor de rap e, em 2008, gravou o cd “Crônicas do Rato Careta”.

Zé Brown: oriundo do nordeste, mais especificamente do Recife, é a maior prova de que o rap não é um movimento centralizado. Tem seu nome também muito ligado ao repente e costuma misturar os dois estilos de narrativas musicais. Embolada – espécie de batalha musical, ao som do pandeiro, onde dupla de cantores improvisa versos métricos – e forró também são marcas fortes em suas composições.

Fonte: Red Bull

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