sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Bloom!!! Terremoto no Hip Hop americano
Bloom! Uma bomba em formato de disco dourado caiu na música pop agora em agosto e seus estilhaços seguem ainda atingindo vários de seus setores, sejam eles indie rock, eletrônico, pop comercial e até hip hop, sua verdadeira origem. E mesmo fora da música: moda, cinema. E mesmo na música como business. E mesmo no?
Uma ideia de canção que depois virou uma ideia de single, depois um EP e finalmente um CD cheio, gestado em 18 meses mais ou menos no segredo e que traz os dois principais nomes do hip hop americano, os super rappers Jay-Z e Kanye West, amarrados num projeto comum chamado The Throne. Esse CD ganhou o nome de Watch The Throne, já resenhado no Estado.
A conversa sobre mais um disco de hip hop a brotar nos EUA pode começar pelo reconhecimento do rock. Blogs indies americanos acham que o Watch The Throne, a grosso modo, pode ser o OK Computer do rap, comparando ao disco do grupo inglês Radiohead de 1997, na época inovador nas letras e na exploração das possibilidades dentro do estilo da banda.
Rumores que milionários DJs de eletrônico e os mais undergrounds fazem fila para botar as mãos de modo oficial nas faixas do disco de Jay-Z e West, para remixá-las e dar-lhes outra releitura. Lista ela que vai de Moby a Erol Alkan.
Pelo crivo de seus parceiros, Kanye West e Jay-Z aparentemente estão aprovados. E com louvor. Uma das mais crescentes publicações voltadas ao hip hop, a nova e decente Respect, bota os estelares rappers na capa e lança a manchete: "O mais importante disco do hip hop da HISTÓRIA". E continua: "E podemos provar isso."
A revista chega às bancas americanas daqui a 10 dias, jogando uma luz no estado de coisas confuso em que se encontra o outrora miliardário hip hop, das correntes de ouro, festas nababescas com mulheres seminuas, carrões, ostentação geral.
Com uma retração do gênero refletida nas paradas, onde pop comercial, grupos/artistas britânicos, formações teens e ídolos country dominam "os mais vendidos", o hip hop vem ensaiando uma volta ao underground, ao clubinho, às ruas, para uma reciclagem. Isso abriu espaço para nomes badalados mais conceitualmente do que em vendas de discos, como os novinhos Tyler the Creator, Wiz Khalifa, Flying Lotus e até Lil Wayne.
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Por Lucio Ribeiro do Estadão
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