quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Como 50 Cent chegou a meio bilhão de dólares



No “O grande pagamento: A História dos Negócios no Hip Hop”, o autor Dan Charnas traça o crescimento Rap, das obscuras raízes do gueto de Nova York em 1970, até a predominancia pop cultural mundial e das indústrias multi bilionárias.

O fato que otimizou a distancia que o Hip Hop teria, veio com a parceria entre o rapper 50 Cent e companhia Glaceau, a produtora da Vitaminwater. Esse pode ter sido o maior contrato da história do Hip Hop, proporcionando a 50 Cent cera de meio bilhão de dólares.

No verão de 2003, o álbum de estréia de 50 Cent, ‘Get Rich or Die Trying” vendeu cerca de 5 milhões de cópias, e por sí só esses números o colocaram facilmente no caminho de se tornar um multi-milinário. Mas o rapper do Queens, cujo nome verdade é Curtis Jackson, que começou sua reputação com a história de ter sido baleado 9 vezes (uma bala encontra-se alojada em sua língua ainda) não se contentou em apenas ser um artista. Seu jovem empresário, Chris Lighty, um garoto do Bronx que se transformou em um homem de negócios, posicionou bem 50 Cent para explorar as mais diversas áreas. Lighy tinha saído da Def Jam onde gerenciava artistas como LL Cool J e Missy Elliott.

Com lighty, 50 Cent criou a marca “G-Unit”, incluindo uma gravadora, uma empresa de roupas e um acordo com a linda de tênis Reebok RBK. A G-Unit Clothing Company era uma aventura, com o design influênciado pela Marc Ecko, manipulada e distribuida com os lucros divido meio a meio.

Na gestão da empresa, Lighty ajudou 50 com seus artistas. Durante cerca de uma década, ele negociou diferentes tipos de contratos, como os ringtones de 50 Cent que eram vendidos a $2,99. Lighy fechou outros negócios como um video game, e uma biografia com a MTV Films e Paramount Pictures. Quando a agência que representava Lighty, CAA, recusou-se a representar o rapper, pela relação dele com a violência, Lighty conseguiu fechar um contrato com William Morris.

Um dos contatos de Lighty foi Rohan Oza, um executivo de marketing que saiu da Coca-Cola para uma pequena empresas de bebidas no Queens, em NY, chamada Glaceau. Oza não considerava a sí mesmo um construtor de marca, mas um Messias das marcas. Ele acreditava que a paixão pelos seus produtos podia transcender as caras companhias. A Vitaminwater de Oza estava fazendo bem mais que 100 milhões de dólares em vendas, a Pepsi Propel fazia em torno de 245 milhões e ele sabia como chegar lá.

Oza criou uma frota com 10 veículos teste, composta com 200 ‘hidrólogos’, e os arrumou para cruzar o país espalhando o evangélio da Vitaminwater. Esses hidrólogos trabalhavam corpo a corpo com os consumidores, mas ele precisava de mais alguém para conseguir público para ele. Ele precisa de um embaixador que influência-se milhões de pessoas.

Foi quando Oza assistiu ao comercial do tênis da RBK, onde 50 Cent tomava um gole da Vitaminwater. Lighty era inteligente, e em um telefone, disse a Oza que queria encontrar uma forma de trabalhar em conjunto com a Vintaminwater.

Descobriu-se então que 50 Cen era um verdadeiro consumidor da marca, ele cresceu em meio ao alcool, porém não bebia. Gastava horas do seu dia malhando e se alimentando de forma saudavel.

Sobre a mesa de Oza em seu escritório em Nova York, naquele momento, havia uma garrafa de teste do novo sabor da Vitaminwater, uma fórmula recém criada pelo cabeça da Glaceau, Carol Dollar, que trabalhou arduamente para concentrar vitaminas e nutrientes em suas bebidas – muito mais que os dois ou três por cento, dose recomenda. Oza havia pedido um bom nome para tornar mais fácil destacar essa diferença, já que a garrafa continha 50 por cento de concentração de sete diferentes vitaminas e minerais. A equipe de marketing chegou ao nome de: Formula 50. Estranha coincidência.

Qual era o melhor modo de colaborar? Oza deu a sugestão de que 50 Cent poderia entrar na jogada.

Porém Lighty não queria ser parte do negócio. Não queria o dinheiro, “Nós queremos investir”, disse ele.

Por volta de 2004, 50 Cent se tornou um dos maiores artistas pop mundiais. Mas foi preciso mais para Oza superar o receio do diretor da Glaceau, Dariu Bikoff, e do presidente Mike Repole. A associação de 50 Cent com tiroteios foi um grande problema: E se ele fosse morto em uma treta de Rap?

Mas o primeiro encontro com 50 Cent mostrou uma face totalmente diferente do rapper a Bikoff. Calmo, respeitoso, sem muitas frescuras. Lighty foi o perfeiro complemento do rapper.

Nas semanas e mêses seguintes, Lighty e Oza acertaram os termos do acordo e 50 Cent teve uma participação na empresa. As duas entidade – 50 de um lado, Glaceau de outro – assinaram um acordo confidência recíproca. Ainda assim, tem se conhecimento que Lighty negociou 10% do valor da empresa.

Durante as discuções, Lighty e 50 deliberaram os atributos do seu novo produto. Oza apresentou as mais váriadas opções de sabor para a fórmula 50. Apesar da alta ciência, a escolha do produto era simples, era apenas um versão mais ‘luxuosa’ da ‘quarter-water’ que 50 Cent sempre tomou, vendida em qualquer loja de conveniência de Queens a Compton.

A quarter-water (chamada assim porque custava 1/4 de dolar, 25 centavos), era como um Ki-Suco que todos bebiam em casa. Mas ninguém na quebrada tinha experimentado sabores silvestres como morango e Kiwi que a Vitamiater possuia. Eles bebiam uva, portanto a fórmula 50 tinha que ser sabor uva.

Oza odiava comparar seu produto a tais bebidas, mas ele concordava com a estratégia de seus novos parceiros.

O contrato de 50 Cent com a Vitamiwater foi anunciado em outubro de 2004, porém por de trás dos bastidores a relação entre as partes não era sempre boa. Muitas discuções acaloradas aqueceram o tempo em torno dos sócios. Uma vez que as diferenças foram resolvidas, Bikoff, Lighty, 50 Cent e a Vitaminwater construíram uma aliança forte. Logo outdoors e pontos de onibus por todo o país foram preenchidos com a imagem dos dois novatos do Queens – um jovem com o olho nos negócios, e um rapper com o olho na oportunidade de se tornar um vencedor.

Em março de 2007, Chris Lighty e seu amigo Sean Combs estavam andando juntos do aeroporto Heathrow até um hotel em Londres, a bordo de um Maybach, quando Combs recebeu um telefonema. Seu companheiro de rap, o superstar Jay-Z, e seus empresário na moda, Alex Bize e Norton Cher, tinham acabado de vender os direito da marca Rocawear a uma empresa pública, a Iconix Brand Group.

Lighty não conseguia parar de repetir o numero que ele ouviu, enquanto olhava para Diddy.

“Duzentos milhões? Duzentos milhões?”

Na verdade era 219 milhões, esse era o valor de venda do nome ‘Rocawear’, até o momento, o maior contrato da história do rap.

Então combs respondeu: “Eu preciso de um bilhão pra mim”

Porém dos dois, Lighty foi o primeiro a atingir simbólicamente essa marca. Apenas dois mêses depois, em maio de 2007, a coca-cola comprou a Glaceau por 4,1 bilhões.

Relatos indicavam que 50 cent inicialmente receberia $400 milhões, de acordo com o calcuro da divisão pelo percentual de 10% que o rapper possuía da companhia.

Mas na verdade 50 Cent recebeu algo muito menor, outros sócios precisavam ser pagos primeiro – o conglomerado indiano Tata tinha investido 667 milhões, por 30% da companhia, e acabou recebendo 1,2 bilhões da coca-cola.

Quando todas as outras despesas foram pagas, 50 Cent recebeu algo em torno de 60 a 100 milhões de dólares, colocando seu patrimônio liquido em cerca de meio bilhão de dólares.

Em seu próximo álbum, 50 não conseguiu esconder que nem ele mesmo acreditava em seus negócios. “Eu peguei a quater-water, vendi em garrafas por 2 dólares/Coca-cola veio e comprou por bilhões. Que porra é essa?” rimou ele.

Lighty silênciosamente embolsou 15% de tudo, e se manteve no trabalho.

Fonte: The Washington Post via Rapevolusom

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