quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Com #Rock em baixa, #Rap se torna aposta para 2012 by Folha


Se, por um lado, é o sertanejo que domina as rádios e as vendas de discos no Brasil, por outro, é o rap que deve tomar o lugar do rock na preferência dos jovens órfãos de uma boa safra do gênero.

O ano de 2011 foi frutífero mesmo para o rap. Lá fora, os ótimos álbuns de Kanye West e Jay-Z ("Watch the Throne") e de Drake ("Take Care") enalteceram o estilo. No país, nomes como Emicida e Criolo despontaram.

Com isso, 2012 promete ser o ano do rap mais uma vez.


Divulgada ontem, a lista BBC Sound of 2012, que dita tendências musicais para o ano seguinte, traz quatro rappers do total de 15 artistas.

Entre eles, a norte-americana Azealia Banks, que também foi considerada pelo semanário britânico "NME" a pessoa mais "cool" de 2011.

A revista chama "212", seu primeiro single, de "a faixa mais emocionante de três minutos e meio do ano, com rebeldia adolescente e atitude de quem faz o que quer".

A rapper ainda não tem gravadora. Já trabalha, no entanto, com o renomado produtor Paul Epworth (Adele e Florence and the Machine) em seu disco de estreia.

Banks chama a atenção por ser boca-suja, assim como o coletivo de rappers americanos Odd Future, que ganhou reconhecimento neste ano e tocou no festival SWU, em Paulínia (SP).

Do mesmo coletivo sai outra aposta para o ano que vem: Frank Ocean. Completamente diferente dos colegas, que chamam mais atenção pelo mau comportamento do que pelo talento, Ocean é um habilidoso produtor e um ótimo cantor.

Logo de cara, conquistou gente como John Legend e Beyoncé (com quem gravou "I Miss You", do álbum "4"). Embora já tenha lançado uma mixtape (compilação independente) e um EP, seu disco de estreia deve vir justamente em 2012.

ROCK X RAP

O rock pode até não ter oferecido muitos expoentes inspiradores, mas esse não é um problema para o rap.

"Talvez o depoimento do Emicida ao ganhar o prêmio de artista do ano no VMB tenha sido a coisa mais rock que eu vi no ano inteiro", diz o gerente do núcleo musical da MTV, Alessandro Mello, referindo-se ao discurso em que o rapper recitou a "oração dos parceiros" de sua gravadora, Laboratório Fantasma.

Não é à toa que muitas bandas de rock brasileiras já optaram por gravar músicas e até discos inteiros ao lado de rappers, caso de "Projeto Paralelo", do NX Zero.

A faixa "Presença", dos mineiros do Skank, também ganhou clipe em 3D com a ajuda de Emicida.

O vocalista Samuel Rosa defende a participação do rapper e questiona o que chama de "asco" pela música considerada popular.

"Não sei se foi o excesso de patrulhamento, mas parece que tudo o que flerta com o popular é ruim. Isso não pode virar regra, nem tudo o que toca no rádio é ruim", opina.

Fonte: Folha.com por CAROL NOGUEIRA

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