sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

@RaeldaRima ganha espaço no #RapBr com mistura de #Reggae e #Samba


Costurando seu estilo com elementos do rap, do reggae e do samba, Rael da Rima, 29, tem um dos trabalhos mais originais da cena hip-hop atual. Parceiro de Emicida, também participou do primeiro disco de Criolo, e é presença marcante nos melhores shows de rap da cidade.

Hoje, ele se apresenta com Emicida, Guizado e Curumin no Sesc Vila Mariana, no projeto São Paulistas (ingressos esgotados). No dia 29, recebe um grupo de rappers de responsa além de Black Alien, com quem acaba de escrever uma nova música.

"Sempre curti essa coisa de misturar, tanto no sentido de compor com outras pessoas quanto na ideia de quebrar barreiras entre ritmos", afirma o cantor.

Com um currículo que inclui três turnês pelo Canadá, incluindo uma passagem pelo prestigiado Montreal Jazz Festival, Rael já tocou na França e está em turnê pelo Brasil, com o repertório de seu primeiro disco, "MP3".

No intervalo entre os shows, ele trabalha nas músicas de seu novo álbum solo, que será lançado em parceria com a Laboratório Fantasma, selo musical de Emicida.

O CD terá entre os produtores a dupla gringa Beatnick e K-Salaam (que também atua como DJ em turnês de Lauryn Hill e Nas).

Os dois assinaram discos de artistas como Talib Kweli, Mos Def e Sizzla, além do premiado "Doozicabraba e a Revolução Silenciosa", trabalho mais recente de Emicida.

"Hoje, me sinto mais maduro e mais livre para experimentar. Se o rap é ritmo e poesia, posso explorar uma série de estilos e temas, trabalhando com as rimas. As pessoas querem dividir o rap, mas o espírito é um só", analisa o cantor, que anda ouvindo de Fela Kuti e Jamiroquai ao funkeiro MC Guime.


Filho de um sanfoneiro de forró que ganhava a vida como pedreiro e de uma cantora de igreja, Rael cresceu com a ideia de ser artista.


Formou o grupo Pentagono, um dos mais duradouros do rap paulista, apresentou a Rinha dos MC's com Criolo, e lá viu nascer as carreiras de Emicida e Rashid, num momento em que o rap não vivia uma fase de tanto destaque.


"Hoje em dia, é mais fácil escutar rap. Quando comecei a ouvir Racionais e Consciência Humana, nos anos 90, a parada era mais pesada porque a vida era mais dura. Tinha preconceito com o rap até na favela, mas eu vi que as letras me ajudavam a lutar contra aquela situação difícil", conta o músico, nascido e criado no Iporanga e no Grajaú, região sul de São Paulo.


"Não podemos negar que houve uma melhora social para quem vive nas periferias. Os problemas ainda são muitos, o rap de protesto continua vivo e necessário, mas também queremos cantar nossas vitórias, nossos amores", completa.



RAEL DA RIMA CONVIDA
QUANDO dom., às 17h
ONDE Carioca Club (r. Cardeal Arcoverde, 2.899, São Paulo, tel. 0/xx/11/3813-8598)
QUANTO de R$ 30 a R$ 60
CLASSIFICAÇÃO 16 anos

Via: Folha

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