sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Rap Brasilero: "Consciente" & "Comercial"


O som que reflete os anseios de uma nova geração de artistas do Rap

Ontem
Todos sabem. No Brasil, durante muito tempo, a música electrónica ou o Rap feito para dançar sempre foram tidos como sons descartáveis, superficiais e símbolos musicados da dita "modinha". Apesar da importância das equipes de baile na formação do Rap nacional, qualquer DJ ou MC que se dedicasse ao estilo pista e descontraído era criticado pelos artistas e militantes do Rap radical/consciente. Faces de um outro período, onde o discurso político era inserido em pleno contexto de desigualdade social.

Hoje
Actualmente, a situação económica e social não mudou muito, mas a globalização e o culto ao consumo, o avanço tecnológico, o fácil acesso aos financiamentos, a corrupção política e o fracasso da esquerda criaram uma juventude que, cansada das ideias politizadas, abraça outros valores. São cenas dos nossos dias: sem medo de expressar suas opiniões e frustrada com o Rap que retrata os caminhos e resultados trágicos do crime, parte significativa dos artistas brigam pelo direito de se divertir e não se preocupar com questões tão sérias. Esse fenômeno acontece em todos os estilos musicais populares do país, desde o pagode até melody, passando pelo forró, arrocha e os sons do chamado tecnobrega, reflexo de uma época que proporciona o comportamento festeiro e descomprometido.

Ano velho. Ano Novo
Em 2009, o pop Rap foi visto como salvador da pátria por parte do cenário. Hoje, muitos acreditam que essa é a fórmula para gerar um mercado brasileiro forte, alguns rappers afirmam que essa nova postura é uma espécie de evolução. O ano de 2010 está começando com uma vasta produção para as pistas da dança. São músicas com apelo pop, timbres que bombam nas FMs, vocais temperados com auto-tune, casos romanceados nas letras, amor, sexo, conquista, promessas e outras coisas que envolvem o relacionamento afetivo e as "peripécias financeiras" dos rappers, algo que remete aos grandes hits dos milionários norte-americanos do Rap e da black music que, de acordo com o discurso desses novos artistas brasileiros, ao contrário do Rap periférico dos 90, são sinônimos de vitória.

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