quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vice Magazine fala sobre o “corpo-mole” da policia no caso da morte do Rapper Sabotage.

“A morte de Sabotage nove anos atrás, na real, é um assassinato que guarda semelhanças com outras incontáveis “dedadas” que ocorrem no centro do triângulo pobreza/metrópole/tráfico de drogas – inclusive com o costumeiro corpo-mole dos gambés. Tivemos acesso aos arquivos do processo que investigou o autor da morte de Sabotage, e vamos compartilhar aqui trechos recheados de fumaça, sangue, falas desencontradas e procedimentos duvidosos. ..” Um dia após ter sido alvo de quatro pipocos certeiros, em 24 de janeiro de 2003, o fim do rapper foi motivo de festa na Favela da Paz, zona sul de São Paulo.
“Eu sei que no dia seguinte nós íamos ao velório do ‘Sabotagem’ (sic), e o ‘Derlei’, às três horas da tarde, na frente do bloco 23 com a quadra de futebol, ele disse, ‘derrubei o cara’. Aí, ele voltou a falar, ‘ele vai cantar com São Pedro’. (...) Soltou dois fogos para cima.” O relato acima foi presenciado por uma das testemunhas-chave do processo que levou a Justiça de São Paulo a condenar o notório traficante da favela Sirlei Menezes da Silva [ou “Derlei”, como é conhecido na área], 29, a 14 anos de prisão em julho de 2010, acusado de assassinar o cantor de rap Mauro Mateus dos Santos -- que também era chamado de “Maurinho” pelos parças. A dedurada cabal sobre a festança foi feita em sigilo, mas o que se sabe é que o cagueta era pai de um dos mortos na rede de tráfico da qual Sabota e Sirlei faziam parte. E foi na base do disse-me-disse que a investigação sobre a morte de um dos mais importantes rappers do Brasil foi sendo tocada. Perícia? Até rolou, mas sabe como é... Volta e meia faltam legistas e outros profissionais. Investigação do local do crime? A Polícia Civil fez muitas diligências, nada, porém, que fugisse à praxe dos interrogatórios corriqueiros com quem mora no lugar. Uma confissão de Sirlei no DHPP [Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa], uma semana após a sua prisão, com testemunhas que foram escolhidas a esmo na delegacia? Tem também. Acompanhe: Clique aqui e confira a matéria completa na Vice Magazine

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